Anunciar o Evangelho por todos os meios

“Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio” (Jo20, 21). “Ide, pois, ensinai todas as nações…” (Mt 28,18). Estas palavras de Jesus repercutem ainda hoje em nossos ouvidos.

 Os Apóstolos tomaram a sério as palavras de Jesus e saíram pelo mundo: um foi para as Índias, outro para a Grécia, um outro para Roma, até à Espanha dizem que foi um Apóstolo. E ao longo destes dois mil anos os seguidores de Jesus, seus discípulos, procuraram atender à ordem do Mestre. Percorriam longas distâncias a pé, usavam barcos para atravessar mares e rios. Naufragavam e enfrentavam perigos de toda sorte. Era tudo muito difícil. À medida que o mundo foi evoluindo, foram surgindo meios de comunicação cada dia mais maravilhosos e extraordinários.

 O Concílio Vaticano II emitiu um documento sobre os Meios de Comunicação Social, conhecido pelas duas palavras com que se inicia: “Inter mirífica” (literalmente significa “entre as admiráveis”, quer dizer, “admiráveis invenções”). Nesse documento o Concílio manifesta a importância dos Meios de Comunicação para a evangelização e insiste na obrigação que têm os pastores da Ireja de fazer com que esses meios sejam empregados intensamente no trabalho de evangelização.

 Felizmente, já existem vários Meios de Comunicação da Igreja ou a serviço da Igreja. Mas ainda é pouco. Quando, sobretudo, à noite, ligamos a televisão, a noite toda deparamos com programas de evangelização, muitas vezes tendenciosos, ou mesmo polêmicos contra a Igreja Católica. Quantas emissoras de rádio pertencentes à Igreja, ou à sua disposição, não estão sendo plenamente utilizadas! Além do rádio e da televisão, há outros Meios de Comunicação, como a imprensa, o cinema e aqueles Meios mais rápidos, como boletins, folhas volantes e folhetos catequéticos, elucidativos dos pontos doutrinários que são contestados pelos membros de outros grupos religiosos.

 Termino estas breves considerações com a exortação final do citado Decreto do Concílio Vaticano II, sobre os Meios de Comunicação Social: “… este Santo Sínodo (o Concílio Vaticano II) convida todos os homens (e mulheres) de boa vontade, nomeadamente aqueles que dirigem estes Meios, a que se empenhem em fazê-los ordenar unicamente ao bem comum da sociedade humana, cuja sorte depende mais e mais do reto uso deles. Por isto, como outrora com os antigos monumentos de arte, se glorifique por estas invenções o Nome do Senhor, segundo a palavra do Apóstolo: “Jesus Cristo ontem e hoje, o mesmo também pelos séculos”. (Heb 13, 

 Dom Lelis Lara, C.Ss.R.